Pretendo neste espaço compartilhar consigo a minha visão sobre o país, trazendo algumas notícias, opiniões e curiosidades nossas.
Inicio esta minha reflexão com um tema de actualidade “subida de preços”. Primeiro foram os combustíveis, depois as tarifas de água e electricidade, mais recentemente, o preço do pão. Timidamente, nos cafés, nas paragens de autocarro, nos mercados e nos corredores de algumas instituições se ouve alguns comentários descontentes com estas “subidas de preços”. No caso dos combustíveis, água e electricidade a Agência de Regulação Económica aligeirou-se em apresentar as justificativas. No primeiro caso a ARE justificou o aumento dos preços “à aplicação da fórmula de cálculo dos preços máximos de venda ao consumidor final aliada à tendência internacional de subida dos preços de produtos petrolíferos”. No segundo, das tarifas de água e electricidade, o presidente da ARE, Renato Lima, disse que sofreram alterações porque o Governo deixou de subsidiar esses serviços.
Pouco ou nada se escutou dessa sociedade civil que não se lembra de ter voz, ou melhor, “doou” a sua voz para os partidos políticos. E, neste caso, um dos principais partidos da oposição, na última sexta-feira reagiu as “subidas de preços” e mesmo o Chefe do Governo comentou a situação desagradável para os bolsos dos cabo-verdianos.
Todos os cidadãos devem estar a perguntar porque o Governo deixou de subsidiar serviços necessários como a água e a electricidade?
Quanto aos combustíveis, nem parece que estamos num mercado de livre concorrência. Visto que se a ARE estipula o teto máximo e as empresas petrolíferas têm a liberdade para estabelecer tarifários distintos. Porquê não aplicam preços diferenciados?
Desde que a lei de combustível nº 19/2009 que estabelece o regime de preço máximo dos combustíveis entrou em vigor as duas empresas aplicam a tarifa ditada pela reguladora.
Depois dos combustíveis, água, electricidade e pão… qual é o próximo produto a aumentar de preço?
